Segurança bancária, você já parou para pensar como os bancos fazem para garantir a proteção dos dados de seus clientes em meio a tantas tentativas diárias de golpes? Confira o texto na íntegra.
Nos últimos anos temos observado o grande número de pessoas com acesso aos serviços financeiros. Pessoas que antes não possuíam contas bancárias, as chamadas pessoas desbancarizadas, passaram a ter acesso a serviços bancários principalmente com a grande expansão das fintechs brasileiras que oferecem oportunidade de abertura de contas digitais de forma rápida e segura sem todas aquelas burocracias do processo de abertura de conta corrente nos bancos tradicionais.
Um dos fatores que muito tem contribuído para o acesso aos serviços financeiros e contas bancárias foi a criação da conta digital Caixa Tem criada a qual permite transações bancárias e serviços sociais administrada pelo banco Caixa Econômica Federal para possibilitar o recebimento do auxílio emergencial que, de acordo com dados do governo, mais de 66 milhões de brasileiros receberam o benefício.
Porém, além do recebimento dos benefícios sociais recebidos via Caixa Tem, outras pessoas que não receberam o auxílio tiveram de abrir uma conta digital no aplicativo Caixa Tem para receber parte do salário no momento da pandemia quando as empresas reduziram o ordenado mensal e o governo pagou a outra parte via crédito em conta digital, ou seja, mais de 35 milhões de clientes previstos no início do programa de auxílio emergencial.
Com todo esse volume de dados que cresce a cada dia mais, surge uma grande questão: como os bancos garantem a segurança de dados dos clientes?
Como os bancos garantem a segurança bancária dos clientes?
Para combater as inúmeras fraudes diárias e golpes de boletos falsos, cartões de crédito, cartão de débito, empréstimos e financiamentos irregulares cometidas por criminosos, os bancos investem bilhões de reais em segurança da informação no combate às fraudes que tem lesado tanta gente.
Camadas de segurança sistêmica, testes de combate a falhas e invasões de hackers são prioridades no sistema bancário brasileiro. Os bancos tradicionais, as fintechs, as plataformas de investimentos, corretoras de valores e outras empresas do setor financeiro investem em tecnologia de ponta para proteger seus sistemas de internet banking, aplicativos bancários, caixas eletrônicos, etc. O que demanda bastante esforço e alto custo em inteligência artificial, datacenters seguros e softwares de alta performance.
Segundo a Febraban o número de golpes cresceu em 2021 e cresceu ainda mais a necessidade de manter a proteção de dados bancários dos clientes. Pesquisa da Allianz Global Corporate Specialty relata que os bancos e fintechs estão preocupados com os crescentes ataques cibernéticos. Como medidas de proteção, além do alto investimento em segurança sistêmica, atuam em parceria com a polícia, o poder judiciário, governo e ainda oferecem dicas de segurança com massiva campanha mostrada na televisão, internet e outros meios de comunicação.
Campanha da Febraban de dados bancários:
Há um projeto de Lei n° 2638 de Combate aos Crimes Cibernéticos e punição das partes envolvidas. Porém, até o momento, não foi aprovada.
Diante de tantas ameaças de golpes bancários, é preciso manter alguns cuidados para minimizar as possibilidades de golpe.
Confira algumas dicas para se manter em segurança:
- SMS: Cuidado ao clicar nos links que recebe via SMS. Comumente recebemos mensagens onde informam que o aplicativo bancário deve ser atualizado. Isso é golpe pois o banco não envia SMS solicitando atualização de aplicativo!
- E-mails: Há um grande volume de e-mails falsos se passando pelo banco. Geralmente esses e-mails solicitam a atualização de dados cadastrais bancários ou atualização do aplicativo. Isso também é um golpe pois o banco em nenhuma hipótese entra em contato via e-mail solicitando atualizações cadastrais.
- Falso motoqueiro: O banco não envia motoqueiros para retirada do cartão. Trata-se de mais um golpe bastante aplicado principalmente a pessoas idosas.
- Aplicativos bancários: Mantenha seus aplicativos bancários sempre atualizados e baixe a partir do site do banco nas lojas de aplicativos de IOS ou Android. Pesquise pelo nome do banco e verifique se trata-se de um aplicativo verdadeiro.
- Celular: Evite fazer ligações para seu banco a partir de celular de terceiros. Jamais digite sua senha usando um telefone de outra pessoa desconhecida.
- Ligações: O banco nunca liga solicitando número de cartão de crédito e senhas.
- Internet Banking: Não use redes de wi-fi aberta (sem senha) pois há riscos altos de invasão.
- Caixa Eletrônico: Todas as vezes que for utilizar um caixa eletrônico aperte a tecla CANCELAR ou SAIR para desativar possíveis equipamentos de clonagem. Caso seu cartão fique preso nos caixas de autoatendimento aperte a tecla SAIR ou CANCELAR e não digite a sua senha.
- Phishing: Phishing são páginas falsas se passando por bancos, operadoras de celular, lojas virtuais, sites do governo a fim de “pescar” os dados do cliente. O termo “phishing” vem do inglês e significa “pescar”, literalmente pescar, fisgar informações de clientes como dados bancários, senhas, documentos, números de cartões de crédito etc.
- Senhas: Troque sua senha periodicamente. Crie senhas de difícil dedução e evite senhas lógicas como número de telefone, data de nascimento, principalmente as senhas de acesso ao internet banking devem ser de difícil dedução. Nunca guarde ou anote suas senhas junto com os cartões.
- Antivírus: Mantenha o antivírus ativo ao acessar o banco via internet e sempre que possível dê preferência para acessá-lo via aplicativo já que são mais seguros.
- Cartão Virtual: Quando realizar compras online use sempre a numeração do cartão virtual, evite ao máximo usar os números do cartão de crédito físico. Não salve o número do cartão nos sites de pagamento.